O Rei Leão (2019): Minhas Impressões

• Publicado em: julho 21, 2019

O Rei Leão (1994) é um dos meus filmes favoritos da minha infância, na realidade, é um verdadeiro marco na minha história com o cinema. 

Quando eu vi o primeiro trailer, eu fiquei totalmente encantando com a perfeição da fidelidade de Jon Favreau na adaptação, então eu estava com a expectativa altíssima e deixei de ver todos os trailer e tudo relacionado ao filme, para ir assistir o filme zerado e com a primeira impressão que o primeiro trailer me causou. 

Quando eles lançaram um comercial de Hakuna Matata com Simba já adulto, eu decidi assistir e fiquei totalmente decepcionado com a falta de expressão dos personagens, a falta de magia que a animação tem. Então já fui com a expectativa baixíssima para ver esse filme no cinema. 

Quando vejo o filme e realmente minha estranheza que foi causada pelo comercial de Hakuna Matata foi totalmente validada, os animais são todos SUPER HIPER MEGA realistas, realmente, um verdadeiro documentário do National Geographic com animais falando. Mas a total inexpressividade dos personagens perde a capacidade nos causar empatia, é o mesmo paralelo de um péssimo ator de drama, ele não vai lhe fazer chorar mesmo que a história seja bem contada e bem filmada/dirigida, se o ator não tem expressão, não lhe passa empatia, você não tem como entrar na história por conta dessa falha. 

Posso citar vários exemplos de captura de movimentos com personagens de animais com tem ótimas atuações e expressões de sobra, Andy Serkis que não me deixa mentir. Mas ai a Disney deseja usar outra tecnologia. #Lamentável

Assisti o filme dublado e achei um total erro de escalação do Ícaro e a Iza para os principais. Quando o Ícaro entra na segunda parte de Hakuna Matata, eu duvido não lhe causar estranheza no total sentido ruim da palavra, a dublagem dele, pra mim, é toda cheio de falhas, uma hora a voz dele está totalmente diferente da voz dele verdadeira, outra hora é uma voz de adolescente que não combina nem um pouco com Simba adulto, outra é do próprio Ícaro e em algumas partes em algumas músicas é bem diferente das demais. Muito ruim, não tem coerência na dublagem do Simba adulto. 

A Iza como Nala é outra baixa pro filme, o sotaque carioca da Iza é muito carregado e me causou uma estranheza total com a Nala, não combinou e não deveria existir. Agora a Iza canta super bem, dispensa qualquer comentário como cantora, mas como atriz de dublagem, nem deveria ser cotada para dublar. Mas…

Não tem mais nada nostálgico do que a dublagem original do Timão e Pumba na animação, incrível o poder que quando você escuta as vozes deles no original, enche o coração de amor nostálgico. Hehehe. No filme, pensei que iria odiar a dublagem deles por conta disso, porém, eu adorei eles novamente, estão ótimos. Além de serem os personagens que roubam a cena novamente. Só não curti que mudaram a fala mais icônicas do Pumba na luta final que atualizaram ela para bullying. 

Outra coisa que não gostei: nem imagino por qual motivo o Jon Favreau mudou a música, Nesta Noite o Amor Chegou, pra ser cantada de manhã, não faz o menor sentido nem pra cena e muito menos para letra da música. Mas é uma besteira pequena. 

O meu questionamento de falta de magia é o excesso de realismo que se encontra nesse filme, um exemplo é o “número musical” do Scar — querendo ou não O Rei Leão é um filme musical da Disney, musicais em si não são realistas e praticamente todos musicais tem sua magia — no filme se comparado com a animação chega a ser broxante.

O saldo geral da versão atual de O Rei Leão (2019) é que temos um filme altamente fiel ao original, talvez uns 95% desse filme é a mesma coisa da animação, tem uma fotografia incrível e belíssima, CGI e Efeitos Visuais estão absolutamente surreais. Entretanto, com tudo que eu falei acima, não acho que uma pessoa que nunca assistiu a animação vá ter o mesmo amor que obtivemos ao assistir o filme de 1994 pela primeira vez.

Acredito que a falta de magia e a falta de expressão dos personagens são erros gravíssimos no filme que realmente desconecta a pessoa com a história, mesmo ela ainda sendo poderosa.