Moonlight: minhas impressões

• Publicado em: fevereiro 8, 2017

Moonlight é uma rara obra da sétima arte que não é todos os anos que temos um filme dessa magnitude. Se falando da maior premiação, Moonlight merece, com todos os méritos, ganhar o Oscar de melhor filme, mas sabemos que La La Land deve faturar a estatueta, pois nem sempre o melhor ganha e academia é sempre vendida por musicais, não que La La Land seja ruim, muito pelo contrario, é um filme espetacular.

A história tem uma estrutura de 3 atos que vai da infância, adolescência e vida adulta de Chiron e acompanhamos sua jornada de autodescoberta. Barry Jenkins trás um roteiro que não vemos ultimamente na indústria de cinema, principalmente as hollywoodianas, que nem tudo precisa ser dito ou explicado, o silencio fala mais do que varias palavras. O filme trata o amadurecimento humano e a formação de caráter de uma forma realista, além de outros temas como: crise de identidade, problema familiares e sexualidade. O filme acaba em um momento perfeito sem apelação e adição de dramas desnecessários.

Quando o filme começa, Barry Jenkins já nos mostra uma câmera na mão em uma dança especular, em todo o filme temos uma fotografia sedutora. Mahershala Ali, embora ele tem feito com maestria o papel de Juan, uma espécie de figura paterna involuntária, ganhar o Oscar é muito por falta de opção, não que ele mereça, mas… Agora, Naomie Harris, não deixa nada a deixar e traz uma interpretação monstruosa, é uma pena que ela esteja concorrendo com Viola Davis na mesma categoria.

Moonlight é o segundo longa de Barry Jenkins e já entrou na minha lista dos diretores para ficar antenado nos próximos trabalhos e tem como estúdio independente, A24, que já se tornou um dos meus favoritos. Se fosse dá uma nota para Moonlight seria 10.

Como é bom essa época do ano, temos vários lançamentos que podemos assistir sem medo de ser feliz. Pena que no Brasil só vemos filmes meses depois dos lançamentos no seu país de origem. Enquanto nos Estados unidos a corrida para o Oscar começa em novembro e dezembro, aqui no Brasil, ficamos com janeiro e fevereiro e com os filmes já indicados.

#RECOMENDADÍSSIMO