Logan: Minhas Impressões

• Publicado em: março 4, 2017

Primeiramente falarei do que não gostei no filme e depois falarei o que eu gostei. Mais uma vez temos um lançamento que todo mundo fica falando que é o melhor filme de super-herói de todos tempos e que não é. Logan é um grande e belo filme que puxa mais para o lado de um drama de ação do que de super-herói e que lhe falta mais é ser um filme de “super-herói”. Logan não é um filme definitivo do Wolverine mas entrega uma adaptação que muitos dos fãs desejavam e eu me incluo nessa parcela de fãs. Bom, então vamos o que eu não gostei no filme. Tudo com [S P O I L E R].

Eu fui na expectava do primeiro trailer, então pensei que iria ter uma bela e visceral trilha sonora e não teve, eu pensei que a versão de Johnny Cash para música do Nine Inch Nails, Hurt, iria ter uma presença e fazer parte do filme, mas não foi isso que fizeram. Pelo menos ainda tocaram Cash nos créditos, The Man Comes Around Written. Segundo, mais uma vez não teve uma ameaça altura, apesar de ter gostada muito do Donald Pierce, Boyd Holbrook faz um belo trabalho e não se intimida em nenhum momento com a presença de Logan. Já os Carniceiros não passam de uns inúteis com membros mecânicos. Ainda fizeram um clone do Wolverine como a “arma definitiva”, aí você ver o Logan segurando uma bala de adamantium no intuito de que um dia precisaria usar em si mesmo, mas quando o clone aparece você já prevê de como vai ser o desfecho do terceiro ato, achei meio broxante, mas isso dá “até” para relevar. A terceira, é a X23, toda a relação dela com Logan é muito foda até ela começar a falar. Pqp, que voz irritante e ela atua muito mal quando começa a falar. A quarta coisa que não gostei foi que achei o segundo ato muito repetitivo, foge-foge conflito, foge-foge conflito, não que eu tenha gostado ou achado cansativo, mas é que ficou meio previsível e então acho isso uma falha de roteiro. O roteiro com o todo, eu acho bem fraco se comparando com os candidatos de melhores filmes de super-herói de todos os tempos. A quinta e última (eu acho, hehehe) é o vídeo-documentário da enfermeira mexicana Gabriela contanto a origem da X23, conta com um roteiro explicativo jogado na sua cara, como um recurso preguiçoso de roteiro e sem falar na edição do vídeo que está em algumas vezes muito bem editado, hehehe.

Agora o que eu gostei, primeiramente são as garras do Wolverine retratas de uma maneira realista, uma adaptação que eu sempre quis ver nos cinemas, um filme com censura 18 anos, com violência assim como o personagem sempre foi. Espero que com o sucesso de Deadpool e Logan (ainda vamos ver a arrecadação, mas vai ser sucesso) podemos ter mais adaptações dessa magnitude. Vou repetir e vou colocar a X23 nas partes que mais gostei do filme, primeiramente a relação dela com Logan do começo ao fim, toda a construção é muito bem feita e muito bem encenada, um belo trabalho de direção, eu falei que ela não atua muito bem quando começa a falar, mas isso não se aplica no filme todo, tem momentos dela com Logan que Dafne Keen entrega uma belíssima atuação, já que estamos falando de uma novata contracenando com um monstro Hugh Jackman, que esse um dia vai ganhar um Oscar. A evolução do Logan como ser humano também é um dos pontos altos do filme, quando ele está em seu leito de morte e onde a Laura o chama de pai, meus Deus, meus olhos deram uma suada.

O que falar de Patrick Stewart, ele simplesmente destrói dando a vida ao Charles, temos o Professor Xavier muito debilitada por conta da velhice e da sua doença de mal de Alzheimer e que o torna uma arma de destruição em massa. Os seus delírios são tão verdadeiros, que você chega a acreditar em possível indicação ao Oscar, mas é aquela história. Sua atuação juntamente com Hugh Jackman é de uma profundidade imersiva, talvez a melhor coisa do filme, de um lado temos um roteiro meio falho, mas do outro temos ótimos diálogos, atuações e cenas memoráveis.

Outro ponto assertivo, foi ter colocado o Logan em sua decadência de seu poder de fator de cura regenerativo, então temos uma entrega maior de Hugh Jackman ao seu personagem que o levou ao ápice de sua carreira. O título de “Homão da Porra” se aplica muito bem ao Jackman, porque que homão da porra, entrega também com uma veracidade toda a dor, sofrimento e arrependimentos que o Logan passa em sua trajetória de vida, nada como um ator entender profundamente os sentimos de seu personagem e nos agraciar com uma entrega verdadeira e visceral.

James Mangold entrega um ótimo trabalho no comando da direção, toda a violência é justificada e não tem nada de gratuita. As cenas de ação são muito boas e bem pensadas, apenas o terceiro ato que falto um pouco de “grandiosidade”, mas não que seja ruim muito pelo contrario é até satisfatório.

Bom, para finalizar outro ponto que não curti muito, mas isso não era o propósito do filme, foi que não houve uma explicação muito clara o que aconteceu com os X-Men, mas nada é algo que atrapalhe o desenvolver da história e/ou algo que você fica se remoendo. Tem uma breve explicação, mas não fica muito claro ou sou eu que não leio os quadrinhos e não peguei a referência, hehehe.

#RECOMENDADÍSSIMO!