Hereditário: Minhas Impressões

• Publicado em: junho 22, 2018

Hereditário, filme da A24 que vem com seus terror diferentões que começou com The VVitch (A Bruxa) e depois veio com It Comes at Night (Ao Cair da Noite). Dois ótimos filmes que dividiu muito o público que estão acostumados com filmes totalmente expositivos, explicativos e com terror baseado em Jump Scares. Com Hereditário, ela meio que entrega um pouco de um filme expositivo e explicativo, mas totalmente livre de Jump Scares para abrilhantar ainda mais esse filme que está mais para uma obra-prima do terror moderno. Eu colocaria Hereditário na lista do Top 10 dos melhores filmes de terror de todos os tempos que já o melhor de 2018, até o presente momento.

Hereditário tem tudo que eu procuro em um filme de terror é estranho, misterioso, intrigante, angustiante, violento, tensão no nível hard. Fiquei arrepiado em dois momentos do filme, me peguei com a boca aberta em um momento do filme. Para aqueles que odiaram A Bruxa falando que não acontece nada ou que demora acontecer, praticamente vai fica com a mesma sensação em Hereditário, principalmente no começo do segundo ato, mas digo que vão estar totalmente enganados que acham que não está acontecendo nada, se você ficar atento em todas as estranhezas e nas sutilezas, verá que o roteiro está criando algo para nos entregar no final do filme e nos deixam intrigado até chegamos lá.

O mais impressionante de Hereditário é que é o primeiro longa do diretor, Ari Aster, que também assina o roteiro sozinho e nos entrega uma verdadeira obra-prima. Ele não leva nada pro clichê, faz até umas escolhas de câmeras tipo do James Wan fez no primeiro The Conjuring (A Invocação do Mal). Tem muitos planos longos e ele extrai o máximo da Toni Collette que pode e deveria ser indicada nas principais premiações e ela não leva o mérito de ótima atuação sozinha no filme não, a estreante, Milly Shapiro, faz uma ótima atuação que nos conduz a estranheza do filme. Não sou muito fã do Alex Wolff, mas nesse filme, tá de parabéns. E sem falar do saudoso, The Man, de O Fins dos Dias, Gabriel Byrne. Outro ponto positivo que a trilha sonora e até a falta dela em alguns momentos que deixa mais tenso ainda.

Meu único problema é que teve uma explicação super expositiva no final do filme para deixar aquelas pessoas que tem preguiças de pensar mais felizes, eu queria ter saído da sala do cinema com pensamento do pós filme. Mesmo assim o filme não saiu de mim depois que ele acabou, muito pelo contrario.

#Recomendadíssimo