Extraordinário: Minhas Impressões

• Publicado em: dezembro 11, 2017

Wonder ou Extraordinário, filme escrito e dirigido por Stephen Chbosky, o mesmo do maravilhoso As Vantagens de Ser Invisível, ele é um diretor para você ficar de olho se você gosta de filmes emocionantes que realmente toca alma. Wonder é uma adaptação de um best-seller que conta a incrível, inspiradora e emocionante história de August Pullman, um menino com diferenças faciais que entra na quinta série, participando de uma escola primária pela primeira vez. Com suas “diferenças” em uma escola primária, vem recheados de bullying e cada bullying sofrido, nós sofremos juntos com ele.

A primeira vez que assisti Jacob Tremblay em cena foi em Room (O Quarto de Jack) e você já sentia que ele tem um grande potencial, ele me fez chorar em O Quarto de Jack e em Extraordinário não foi diferente, ele simplesmente destrói, mesmo sobre uma “maquiagem/mascara”, ele nos fazia sentir exatamente o que o Auggie sentia, transmitia os sentimentos com perfeição. O trabalho dele de construção de personagem é incrível, você não via o Jacob ali, como vemos em muitos atores que interpretam a si mesmo. E não só a parte do drama que ele manda super bem, no timing cômico também.

Owen Wilson faz o Nate, que é o pai de Auggie, e está muito bem. Sempre pontual nas partes de alívios cômicos ou podemos dizer comédia mesmo. Julia Roberts dar a vida a Isabel, a mãe e é uma personagem que poderia ser mais do mesmo, pois já temos vários exemplos desse tipo de personagem, mas estamos falando de Julia Roberts, que ela poderia facilmente interpretar uma mãe caricata super protetora, mas ela nos traz uma verdade em todos os aspectos. Outro ator que está muito bem é o Noah Jupe que faz o Jack Will, o amigo de Auggie, tem ótimos momentos. Mas o que eu gostaria mesmo de pontuar não só pela sua personagem que é umas das mais complexas, se não for a mais complexa depois de Auggie no filme, é a Izabela Vidovic, a irmã Via, como bem ela mesmo disse, o Auggie é o sol e ela e os pais deles são os planetas que orbitam ao redor de Auggie e isso traz mais uma camada pro filme, nos trazendo o ponto de vista dela para trama de como ela se sente com a atenção dada dos seus pais para Auggie e como isso afeta ela não só emocionalmente, mas como socialmente também.

Um ponto que é maravilhoso no filme é simplesmente nos fazer seguir não só o ponto de vista do nosso protagonista, mas o ponto de vista dos outros personagens como a irmã dele, a do Jack que não traz uma justificativa para o bullying feito por ele, mas como ele aprendeu a gostar do Auggie e passou a defende-lo também. O ponto de vista da Miranda, Danielle Rose Russell, também é superinteressante, pois ela tem inveja da vida de sua melhora amiga, Via, que a própria não via (sem trocadilho hehehe) desse modo e ela se distância da amiga por isso. Não vemos através de ponto de vista, mas é seguido pela trama é o Julian, colega de sala de Auggie, qual é o maior praticante de bullying. Nós vemos basicamente o “por que” ele age dessa forma, pois seus pais tem o preconceito entranhados no “DNA”. Ele basicamente é o espelho dos seus pais e isso é o que nós somos em nossa maioria. Principalmente na fase de criança, pois nossa personalidade ainda está sendo formada.

Para não dizer que tudo é maravilhoso, o ponto de virada pro terceiro ato e o próprio terceiro ato, ao meu ver, deixou a desejar, acho que nós não fomos preparados para o que foi mostrado, para mim, o ponto alto foi o final da viajem dele com os colegas de classe.

Fica redundante dizer que Extraordinário é extraordinário e muita gente já disse isso, mas o melhor é que ele é mesmo. É um filme lindo que te faz sorrir e chorar. É um filme que se torna obrigatório para humanidade e deveria passar nas escolas também.

#RECOMENDADÍSSIMO