Star Wars: The Last Jedi – Minhas Impressões
• Publicado em: dezembro 14, 2017Eis que chega o grande dia da pré-estreia de Star Wars: Episódio VIII que para mim, não é um dos mais esperado desse ano de 2017, ele é O filme mais esperado do ano. Star Wars: The Last Jedi (Star Wars: Os Últimos Jedi) que traz o Rian Johnson como diretor e roteirista. Basicamente é um cara novo no meio e eu só assisti ótimo Looper (Looper: Assassinos do Futuro) e os três episódios que ele dirigiu de Breaking Bad.
Bom, ele traz um roteiro ousado e cheios de imprevistos e reviravoltas, como deve ser um filme de Star Wars em sua primeira sequencia, enquanto o Episódio VII teve seu roteiro inspirado (copiado) do Episódio IV, aqui até que temos algumas coisas da maior continuação de todos os tempos, o melhor segundo filme de uma “trilogia/franquia” de todos os tempos, Episode V – The Empire Strikes Back (Episódio V – O Império Contra-Ataca). Alerta, vou seguir a partir daqui com alguns SPOILER.
Começamos o filme logo com uma batalha espacial de tirar o fôlego, Poe Dameron juntamente com a Resistência estão encurralados pela Primeira Ordem e Dameron mostrando suas habilidades como melhor piloto juntamente com BB-8 e suas atitudes um tanto anarquista, agindo por conta própria e seguindo no que acha melhor, mesmo que isso possa significar perda de pessoas da Resistência, porém ele age dessa forma pela imaturidade, se mostrando que não está apto a ser um comandante da Resistência, que basicamente o filme nos mostra essa construção e o tornando o maior candidato para substituir a Leia no comando da Resistência. As sequencia da batalha espacial é deslumbrante e de encher os olhos, firmando ainda mais Star Wars como uma Space Opera. E finalmente o Poe Dameron foi agraciado pelo roteiro e temos mais dele aqui do que tivemos no filme anterior.
Tenho dificuldade em definir um arco muito bem definido nesse filme, principalmente com seus coadjuvantes. Mas, em contraponto, temos Luke (Mark Hamill), Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver), esses sim, temos uma interação perfeita, questionamentos perfeitos. Luke por sua vez, renega o chamado, que no Episódio IV, ele ia de encontro ao chamado. Quando Episódio VII termina a Rey dando o Sabre de Luz para Luke e o filme acaba, esperávamos algo mais tocante, então esperamos dois anos para ver essa cena e simplesmente ele pega o sabre e joga penhasco abaixo, que hilário, muito foda. Pode até parecer clichê no filme falar mais uma fez sobre o bem o mal, mas isso Rian Johnson faz isso com maestria, fazendo embates da Rey com Kylo Ren e vice-versa, não só no sentindo de combates com Sabres de Luz, mas buscando o verdadeiro sentido das coisas e com isso temos Adam Driver destruindo na interpretação, o que ele faz com Kylo Ren é totalmente imprevisível, o vilão aqui não é necessariamente um antagonista. Daisy Ridley também não fica por baixo, enquanto Adam Driver nos mostra seus sentimentos introvertidos, a Daisy nos mostra com olhos lacrimejados.
Mark Hamill nos entrega sua melhor e mais completa interpretação de Luke Skywalker. O peso que ele carrega por ter falhado com seu sobrinho, sua ação/decisão que isso lhe fez fazer é algo que o assombra, tem conflitos pesadíssimos. Carrie Fisher entrega também uma ótima interpretação da General Leia e acontece algo com ela na primeira batalha espacial de explodir a cabeça e que vibramos muito no cinema. Os textos e as cenas da Leia em The Last Jedi são de uma delicadeza que elevam a personagem em um outro patamar. É uma pena que na vida real temos fatalidades inesperadas. E que a Força esteja com ela.
Alguns pontos que não gostei:
Personagem do Benicio Del Toro, o DJ, simplesmente não fez o menor sentido dele aceitar uma missão “suicida”, sem precisão e do nada, totalmente aleatório. Achei muito mal desenvolvido, basicamente para cumprir tabela. Ele não precisava do Finn e cia para fugir da prisão, estava de boa e do nada ele se oferece para ir em uma missão que é invadir a nave do Líder Supremo Snoke. E ele sai do mesmo jeito que entrou, do nada e sem um qualquer relacionamento dele para com o espectador.
Outro ponto é a missão do Finn em buscar Master Codebreaker (Justin Theroux) e vai até um Cassino que em 90% dessa parte é desperdiçada com um ritmo nada envolvente, mal trabalhado e é puramente enchimento de linguiça, porém temos um aprofundamento da personagem da Rose e sua relação com a guerra. Somos apresentados também a umas crianças que no fim do filme sabemos que uma delas possui a força. Que crianças que possui a força não só vem de planetas que tem deserto tipo Anakin, Luke e Rey.
Se você assim como eu achava que Captain Phasma (Gwendoline Christie) foi mal desenvolvida no Episódio VII e que ela iria ser melhor apresentada e desenvolvida nos próximos filmes, que a “Disney” não só fez ela para vender mais bonecos diferentes, assim como a Lucasfilm fez com Boba Fett. Bom, aconteceu o mesmo que acontece no filme anterior.
O General Hux (Domhnall Gleeson) está para Episódio VII o que o Comandante Tarkin foi para o Episódio IV. Não se intimidava com a presença do Darth Vader. Com General Hux foi feito o mesmo no Episodio VII que se tratava de igual para igual com Kylo Ren e batia de frente mesmo. Aqui no Episódio VIII foi desvirtuado disso e o colocaram inteiramente como um alivio cômico que até tem algumas situações cômicas que funcionaram super bem, porém teve alguns que me tiraram um pouco do filme, principalmente a primeira cena dele com o Poe Demoron.
Outros pontos
John Boyega ainda continua carismático com seu Finn e está dando o sangue para Resistência, elevando ainda mais o personagem como o todo. Rose Tico (Kelly Marie Tran) traz mais uma camada dramática e é uma vitima da guerra. Quando vi a Laura Dern em cena e ocupando o papel de Vice-Almirante Amilyn Holdo, a primeira coisa que me veio em mente foi que ela iria substituir a Carrie Fisher. Sua participação até que é relativamente pequena, mas tem um arco muito bem desenvolvido.
Eis que chegamos no Supreme Leader Snoke (Andy Serkis), nos é mostrado um pouco do Snoke, um pouco dos seus poderes e ele é o ponto alto da maior reviravolta do filme, onde o Kylo Ren completa seu treinamento o matando em um momento inesperado e de uma belíssima construção, aonde ficamos meio perturbados com essa decisão dele, que ao meu ver, ele não pode jamais voltar para o lado da Luz, pois ele matou o nosso queridíssimo Han Solo, que acima de tudo é seu pai. Quando ele excita em matar a Leia no começo do filme, você meio que ver esse resquício de luz dentro dele e não é só por aí, mas todo seus diálogos ao longo do filme com a Rey. E depois de uma belíssima sequencia de luta com sabre de luz, temos o verdadeiro motivo dele fazer isso e o transformando como o maior vilão dessa nova trilogia. Darth Vader sempre foi foda na primeira trilogia, porém ele seguia ordens do Darth Sidious, meio que ficou a sombras dele na trilogia inteira, até o final ele vir para o lado da luz e matando o Sidious. Agora temos Kylo Ren mantando o Snoke e se firmando como o Supremo Líder e tem tudo para ser um dos maiores vilões se J. J. Abrams assim o fizer. Ainda tem questionamentos que ronda o Snoke e espero que sejam respondidos no próximo filme.
Todos os fan services foram bem colocados e todos dentro de uma narrativa bem clara. Ainda falta muitos questionamentos a serem respondidos. Se tratando no quesito estético é o melhor filme de toda a saga. Temos o retorno de John Williams que não faz nada além do esperado e nos entrega um trilha nostálgica e com elementos novos e épicos. O fato é que Rian Johnson fez o um belíssimo trabalho e agora ele tem toda minha atenção para nova trilogia que ele está desenvolvendo para Lucasfilm.
Por ultimo gostaria de falar do fan service master que teve nesse filme, Yoda. Tivemos o Yoda da primeira trilogia, não só visualmente como em personalidade. Que maravilhoso.
Acredito que no Episódio IX vá ter um salto temporal e que eles não vão matar a Leia, simplesmente vão dizer que ela está cansada de lutar e que está em um planeta isolado. Talvez tenhamos contato dela para Poe Demoron pedir concelhos. Realmente Demoron vai se tornar o General da Resistência e já como um lider consolidado, assim como Rey já está como uma grande Jedi e Kylo Ren sem suas criancices. E sobre os livros do Templo Jedi, acredito que eles estão dentro da Millenium Falcon, por isso o Yoda não deixou o Luke entrar no templo.
The Last Jedi é o melhor Blockbuster de 2017 e está #Recomendadíssimo.